Oposição reúne assinaturas para CPI dos Correios no Senado e pressiona governo
Trabalhos só vão adiante se presidente da Casa decidir instalar o colegiado
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A CPI dos Correios no Senado reuniu o número de assinaturas necessárias para a instalação. O pedido havia sido apresentado pelo senador Marcio Bittar (União-AC) e conseguiu o apoio de 28 senadores, entre eles do PL, PP e Republicanos. Para que seja aberta, é preciso que o requerimento agora seja aceito pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e lido em plenário. A possibilidade de abertura pressiona o governo Lula, que conta com Alcolumbre para travar a iniciativa.
— Deve causar aborrecimentos — reconhece o senador Humberto Costa (PT-PE).
Mesmo registrando déficit nos dois últimos anos, os Correios aumentaram seus gastos relacionados a dirigentes neste período, segundo dados da própria estatal. A despesa com essa rubrica passou de R$ 5,910 milhões em 2022 para R$ 8,159 milhões em 2023, um aumento de 38%, enquanto a inflação no período teve uma variação de 4,62%. De janeiro a setembro do ano passado, último dado disponível, foram desembolsados R$ 6,150 milhões. Os Correios informaram, por meio de nota, que os reajustes estão dentro da lei.
Alcolumbre vem tentando se equilibrar entre governo e oposição,já que foi eleito com os apoios do PT e do PL, de Jair Bolsonaro. Neste acordo, comissões como a de Segurança, com Flávio Bolsonaro, e Direitos Humanos, com Damares Alves, vão ficar com bolsonaristas.
Em 2005, a CPMI dos Correios foi essencial para deflagrar a crise do mensalão, que derrubou José Dirceu da Casa Civil e, anos depois, levou a condenações de petistas no Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte/ O Globo
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