Mulher morta em atacadista ficou casada por 36 anos e estava separada há 4 meses
Autor dos disparos foi casado por mais de 30 anos com a vítima e se matou em seguida. Polícia Civil investiga o caso como feminicídio.

Sílvia Barros, de 60 anos, foi morta na manhã desta quinta-feira (24), no Setor Empresarial, em Goiânia, informou a polícia. Os disparos ocorreram em um estabelecimento comercial de atacado na Avenida Perimetral Norte.
O autor dos disparos foi identificado como o ex-esposo dela, Valdinez Borges de Oliveira, de 62 anos, e tirou a própria vida em seguida. Segundo a polícia, os dois estavam separados há pouco tempo.
Segundo o delegado Carlos Alfama, a vítima e o ex-marido foram casados por 36 anos e haviam se separado há quatro meses. O delegado informou que o ex tentou reatar algumas vezes com a vítima.
"Não há relatos de ameaças, não há nenhum registro de violência física da parte dele antes desse fato de hoje. Os próprios familiares e amigos dela que estiveram aqui no local relataram que ela mesmo dizia que nunca tinha sido vítima de violência física", declarou o delegado.
A Polícia Civil informou que não há registro de nenhuma ocorrência da Lei Maria da Penha antes desse acontecimento de hoje. O delegado informou que, apesar de não ter agressões físicas, eles tinham brigas e discussões com ofensas, agressões morais mútuas, segundo a família, e que esse foi o motivo da separação.
Ainda conforme o delegado, o ex-marido sabia onde ela trabalhava e qual função exercia no estabelecimento. "Depois que ele a matou, ele praticou suicídio, efetuou os disparos contra si mesmo e acabou morrendo no local também", esclareceu.
Quanto à arma usada pelo ex-marido, o delegado informou que ele não tinha porte de arma e que a arma está registrada no nome de outra pessoa. Alfama disse ainda que a Polícia Civil ainda vai investigar como essa arma foi obtida pelo ex-marido da vítima.
O 13º Batalhão da Polícia Militar esteve no local e já encontrou os corpos no chão, ambos atingidos por disparos de arma de fogo. A Polícia Civil informou que o crime está sendo investigado como feminicídio pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem).
Nota do Atacadão
A rede lamenta profundamente o ocorrido. Informa que está oferecendo toda assistência necessária aos familiares, e que também está colaborando com as autoridades competentes para a investigação do caso.
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